quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Música



A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.
É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre gêneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo.
Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.
O Universo Instrumental da Banda Sinfônica
Maestro Roberto Farias
Publicado na Revista Weril n.º 126
A idéia de banda sinfônica esteve no passado intimamente ligada ao trabalho da orquestra sinfônica. No final do século 19 e início do século 20, esse numeroso organismo instrumental de sopros e percussão elevava a já tradicional banda de música ao "status" de uma orquestra sinfônica, principalmente no que se referia ao repertório. Os arranjos e transcrições de aberturas de óperas, operetas, movimentos de sinfonias, poemas sinfônicos e as célebres valsas vienenses constituíram-se ingredientes responsáveis pela popularização da música sinfônica, quando, de uma maneira mais ágil, promoviam o acesso do grande público à chamada música de concerto, através de apresentações em parques e outros logradouros, fora das ostentações dos grandes teatros da época. Por outro lado, a excelência de muitos desses organismos trazia a banda à cena principal nas grandes salas de concerto, despertando assim o interesse de muitos compositores para uma nova possibilidade de expressão musical que surgia, trazendo consigo uma flexibilidade que até então a já consolidada orquestra sinfônica não permitia.
Uma vez inspiradas nas grandes orquestras e por força do repertório (baseado unicamente em transcrições), as primeiras bandas sinfônicas eram bem maiores que os conjuntos modernos, já que partiam do princípio da substituição dos naipes de instrumentos de cordas por instrumentos de sopro. Algumas formações utilizavam entre 24 e 32 clarinetas e, em muitos casos, seguindo a tradição espanhola, mantinham-se os naipes completos de violoncelos e contrabaixos, tais como na orquestra. No Brasil, algumas bandas sinfônicas militares adotam esse modelo, porém em proporções reduzidas. Em países do Cone Sul, como Argentina e Uruguai, essa prática ainda é bastante comum, evidentemente com suas exceções.
O desenvolvimento desses organismos e a sua importância na cultura musical universal motivaram célebres compositores - como Hector Berlioz (Sinfonia Fúnebre e Triunfal), Gustav Holst (1ª e 2ª Suites e Hammersmith), Arnold Schoenberg (Tema e Variações, opus 43 a), Paul Hindemith (Sinfonia em Si Bemol e Konzertmuzik) e o nosso Heitor Villa-Lobos (Fantasia em Três Movimentos em forma de Choros e Concerto Grosso) - à criação das mais significativas obras do repertório original para banda sinfônica, impulsionando assim a produção de uma literatura específica que não pára de crescer.
Seguramente, é hoje a banda sinfônica o organismo musical que mais executa a música do século 20 em seus programas de concerto. Com o passar do tempo, em razão de um repertório pensado exclusivamente para essa formação de sopros e percussão, a banda sinfônica assumiu constituições mais específicas, adotando formações mais compactas e uma diversidade maior de instrumentos, cada qual com sua função definida - hoje está muito em voga a formação de "wind-ensemble", que utiliza o mínimo de instrumentos, eliminando pratica-mente quase todas as dobras das vozes, à exceção das clarinetas.
Organismos como a Eastman Wind Ensemble, nos Estados Unidos e Tokio Kosei Wind Orchestra, no Japão, utilizam um efetivo com a seguinte formação: 1 piccolo (flautim), 2 flautas (com flauta em sol eventual), 2 oboés, 1 corne inglês, 1 requinta, 6 a 9 clarinetas, 1 clarineta alto em mi bemol, 1 clarineta baixo em si bemol (clarone), 1 clarineta contra-alto em mi bemol, 1 clarineta contra-baixo em si bemol, 2 fagotes, 1 contrafagote, 2 saxofones alto (com 1 soprano eventual), 1 a 2 saxofones tenor, 1 saxofone barítono, 4 trompas, 3 cornets, 3 trompetes, 2 a 3 trombones tenor, 1 trombone baixo, 2 eufônios (bombardinos), 2 tubas, 1 contrabaixo, piano, harpa e percussão: tímpanos, bombo, caixa clara, caixa tenor, prato a 2, prato suspenso, triângulo, tom-tons, gongo, tantã, wood-block, temple-block, claves, chicote, matraca, maracas, glockenspiel (bells), campanas, xilofone, vibrafone, marimba, celesta, etc.
No caso da Eastman Wind Ensemble, idealizada pelo grande Frederick Fennell, que também é o regente de honra da Tokio Kosei Wind Orchestra, a sua formação foi baseada, a princípio, naquilo que havia de mais significativo no repertório para sopros: a partir das célebres serenatas e divertimentos de Mozart, serenatas para sopros de Richard Strauss, sinfonias e concertos para vários instrumentos solistas e conjuntos de sopro de Stravinski, criando em seguida releituras de obras de compositores famosos da música para bandas, como John Philip de Sousa e Henry Fillmore, passando por Charles Ives, Russell Bennett, Clifton Williams, etc.
No Brasil, a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo está completando dez anos como um dos mais importantes e completos conjuntos do gênero da América Latina. Seu efetivo instrumental é um dos extensos, capaz de cobrir toda a produção existente para banda sinfônica, agregando, quando for o caso, instrumentos que não fazem parte do seu quadro, de acordo com a exigência da partitura. A Banda está assim constituída: 1 a 2 piccolos (flautins), 8 flautas (com flauta em sol eventual), 2 a 3 oboés, 1 corne inglês, 2 requintas, 16 clarinetas, 1 a 2 clarinetas alto, 2 clarinetas baixo, 4 fagotes (com contrafagote eventual), 4 saxofones alto (com 1 a 2 sopranos eventuais), 2 saxofones tenor, 1 saxofone barítono, 6 trompas, 7 trompetes (incluindo cornets, flugelhorn e trompete piccolo), 4 trombones tenor, 1 trombone baixo, 3 eufônios (bombardinos), 4 tubas, 5 contrabaixos, piano, harpa, sintetizadores e percussão: tímpanos, bombo, caixa clara, caixa tenor, prato a 2, prato suspenso, triângulo, gongo, tantã, tom-tons, wood-block, temple-block, claves, chicote, matraca, maracas, pandeiro, campanas, glockenspiel (bells), xilofone, vibrafone, marimba, celesta, etc.
É comum a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo apresentar, num mesmo concerto, diversas obras com formações variadas, como por exemplo: Octeto para sopros de Igor Stravinski (1 flauta, 1 clarineta, 2 fagotes, 2 trompetes e 2 trombones); Ebony Concerto, também de Stravinski (1 clarineta solo, quinteto de saxofones com três clarinetas, 1 trompa, 4 trompetes, 3 trombones, 1 contrabaixo, 1 guitarra acústica, harpa, piano e bateria) e Tema e Variações, opus 43a, para banda completa. Nos últimos 10 anos, compositores brasileiros como Ronaldo Miranda, Mário Ficarelli, Lelo Nazário, Harry Crowl, Amaral Vieira, Marlos Nobre, Almeida Prado, Achille Picchi, Edmundo Villani-Côrtes, Cyro Pereira e Daniel Havens têm dedicado à Banda Sinfônica do Estado de São Paulo um considerável número de significativas obras, utilizando todo o recurso instrumental de que o grupo dispõe repertório esse aclamado internacionalmente.




O Maestro Roberto Farias, foi o fundador da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e atual diretor artístico da Banda Sinfônica de Córdoba (Argentina)

Música boa, música ruim, porque toca esta e não toca aquela... blá,blá.
A discussão é antiga. Em um recente episódio, alguns amigos discutiam calorosamente sobre a qualidade da música que está sendo feita aqui  ultimamente. Eu vinha concordando plenamente, enquanto o que se discutia era a qualidade da harmonia, da melodia e até e principalmente das letras de duplo sentido e péssimo gosto e por aí vai. Mas fiquei preocupado quando os ataques se desviaram das músicas para os artistas que as compuseram e/ou as cantam. Neste ponto da conversa eu pedi calma. Pedi calma, pois estamos em uma democracia e cada um toca e/ou ouve o que quiser. Perguntei a um dos participantes mais exaltados ao atacar os pobres dos cantores de pagode, quantos discos de Hermeto Paschoal ele tinha em casa? E quantos de Egberto Gismonti? Ora, que eu quiz dizer é que mais produtivo que falar mal da música da qual não gostamos é prestigiar aquela da qual gostamos. Eu costumo dizer, e às vezes sou odiado por isto, que admiro bastante o público dos grupos de pagode e da música axé, e tenho certo pé atrás com o público composto por uns que se auto intitulam  "amantes da boa música". Por quê? Simples. Quem gosta de pagode e afins, lota os ensaios dos grupos de pagode e afins, ou seja, este público é fiel. Já em shows, concertos sinfônicos e de jazz, música instrumental etc. Então, onde estão os ouvidos para esta música? Não podemos esquecer que os músicos também precisam pagar conta, e se só há público para tchubrubiru...que se há de fazer? Quem souber me diga. Enquanto isto, falamos de música!


Podemos definir banda sinfônica como um grande conjunto formado por instrumentos de sopro e percussão (60 a 90 músicos), que se diferencia das orquestras sinfônicas e das bandas tradicionais (civis ou militares) pela diversidade de sua formação instrumental e abrangência de repertório. Assim, além dos instrumentos normalmente empregados pelas bandas convencionais, utiliza oboés, corne-inglês, diversas espécies declarinetes e saxofones, vasto naipe de percussão (teclados: marimba, vibrafone, xilofone, glockenspiel; tímpanos, bombos, campanas, etc...) e cordas (piano, contrabaixos e, em alguns casos, violoncelos). Esta formação pode ser alterada de acordo com a natureza das obras e , tal flexibilidade torna-a apta à execução de transcrições do repertório concebido para a orquestra sinfônica e particularmente adequada às experimentações da música contemporânea justificando assim o fato de seu já vasto repertório original ser fruto da produção artística do século XX.
N o Brasil, a palavra banda é geralmente associada às formações militares, aos coretos das cidades do interior e, ainda, ao circo; mas apenas muito ocasionalmente a um corpo sinfônico estável, voltado para a música de concerto do mais alto nível de excelência como é o caso da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Assim, antes de mais nada, a música que se entende destinada à essa formação parece restringir-se às marchas (festivas ou fúnebres), dobrados, fanfarras, hinos e excertos operísticos. Essas obras, entretanto, em que pese a nobreza de tratamento que possam eventualmente apresentar, sequer se aproximam das imensas possibilidades e potencialidades musicais desse agrupamento. A chamada música para instrumentos de sopro, que constitui a essência mas não a integralidade do trabalho de uma banda, originou-se nas cerimônias solenes, fúnebres e festivas. Tal música varia enormemente, das fanfarras para metais, passando pelas delicadas serenatas e divertimentos para sopros, até obras extremamente elaboradas como a "Sinfonia Fúnebre e Triunfal" de Berlioz.
G iovanni Gabrieli (1557-1612), mestre de capela da Catedral de São Marcos em Veneza, aproveitou a presença das naves do sacro edifício para compor magníficas peças antifonais e policorais que empregavam considerável numero de instrumentos de sopro. A Alemanha dos séculos XVII e XVIII testemunhou um notável desenvolvimento técnico dos instrumentos de metal, que pode ainda hoje ser apreciado em partituras de Bach, Haendel e Telleman. A época de Haydn e Mozart constituiu, também, um avanço técnico e expressivo para os sopros, ao mesmo tempo em que certas circunstâncias econômicas e sociais, verificáveis nas cortes e nas casas da nobreza do então vigoroso Império Austro-Húngaro, estimularam a composição de serenatas e divertimentos para execução em ambientes abertos e fechados, nas mais variadas ocasiões. As três grandes serenatas para sopros de Mozart, encontram-se entre as obras primas produzidas nesse período. A Revolução Francesa, assim como o Império Napoleônico que lhe seguiu, propiciaram o ressurgimento da música triunfante e cerimonial para metais, à maneira de Gabrielli, gênero do qual o Réquiem e a "Sinfonia Fúnebre e Triunfal" de Berlioz, são felizes exemplos
O declínio das cerimônias cívicas e religiosas, associado à decadência das cortes européias no século XIX, relegou a produção para sopros a um patamar secundário. Apenas umas poucas obras importantes, como a Pequena Sinfonia para Sopros de Gounod, a Serenata em Lá de Brahms (destinada à "orquestra sem violinos" para destacar a sonoridade e expressividade dos sopros) e a Serenata para Sopros de Richard Strauss, contribuíram para manter acesa a chama daquele que parecia ser um meio obsoleto de expressão. A redescoberta dos "coros de sopros" encabeçada por Gustav Mahler, o movimento neoclássico que sucedeu a Primeira Grande Guerra e a necessidade de partituras destinadas aos conjuntos menores, além do surgimento de concursos de bandas e fanfarras na Inglaterra, pavimentaram o caminho triunfante dos sopros no século XX, preparando aquilo que viria a ser o seu principal veículo de divulgação da produção contemporânea.
A assombrosa multiplicação das bandas militares e escolares no novo centro econômico e cultural do mundo - os Estados Unidos da América - constituíram uma verdadeira revolução em termos de formação e repertório das bandas. No espaço de apenas vinte anos, a partir de meados da década de 1930, vieram à luz inumeráveis obras-primas destinadas às diversas combinações de instrumentos de sopros. Paul Hindemith, Serge Prokofiev, Arnold Schoemberg e Darius Milhaud, são apenas alguns dos maiores compositores deste século que escreveram especificamente para bandas, mas foram os compositores norte-americanos que a adotaram como seu principal meio de expressão e enriqueceram enormemente sua literatura de concerto. Obras como o Divertimento de Vicent Persichetti, inauguraram um novo conceito de instrumentação para esse tipo de formação e contribuíram para o alargamento dos horizontes e fronteiras da composição moderna.Robert Russell Bennett, Morton Gould, Gunther Schuller, Karel Husa, Alfred Reed, Johan de Meij e Micael Colgrass são alguns dos mais importantes compositores deste século que tem como característica central de suas obras a produção para sopros

Texto retirado do site da Banda sinfônica do estado de São Paulo



Pensando em tudo isto amigos, chego a conclusão que devemos utilizar os meios e músicas que a grande maioria gosta, transformá-las e se possível melhorá-las para que o publico sinta interesse em participar dos concertos e Grupos Musicais e dentro do repertório sempre acrescentarmos o repertório sinfônico, mas, temos que nos lembrar, só existem dois tipos de música, música boa e música ruim, mas ainda tem um detalhe, depende do coração, alma e ouvido que escuta. 

sábado, 16 de junho de 2012

Solenidade de Entrega do Premio Funarte de Cultura á Filarmônica 15 de Março, Monte Alegre RN

Nesta Sexta Feira 15 de Junho as 17:00 no Centro Pastoral em Monte Alegre RN, realizou-se a solenidade de entrega do Premio Funarte de Cultura a Filarmônica 15 de Março de Monte Alegre RN. A Associação de Desenvolvimento José Alberto fez o projeto e nesta solenidade repassou o premio para a Associação Cultural e Musical de Monte Alegre a qual a Filarmônica 15 de Março pertence. Na Solenidade estavam presentes o Representante da Funarte no Nordeste o Sr Reinaldo, O representante do Ministério da Cultura o Sr Fábio, Presidente da Associação de Desenvolvimento José Alberto o Sr Jaciel, O Presidente da Associação Cultural e Musical de Monte Alegre e também Maestro da Filarmônica o Maestro Luis Dantas, as Convidadas especiais; a Representante da Fundação Jose Augusto, Ivanira, a Excelentissima Prefeita de Monte Alegre a Srª Graça Marques e a Deputada Federal Fátima Bezerra,todos os Secretários da Prefeitura Municipal de Monte Alegre, Os Pais dos alunos da Filarmônica, e Principalmente a Nossa Filarmônica, foi um fim de tarde maravilhoso com uma belíssima apresentação da Filarmônica de Monte Alegre, onde também receberam o Premio de Cultura da Funarte, onde foram adquiridos seis importantíssimos instrumentos como, o Sax Barítono, Sax Soprano, Trombone Baixo, Flautin, clarinete e um par de pratos Cynbal, instrumentos estes que serão muito bem aproveitados pela nossa Filarmônica e que possibilitará uma grande melhoria na sonoridade da nossa Filarmônica, obrigado a todos que estiveram presentes em nossa Solenidade e um agradecimento especial a Funarte que nos possibilitou este Prêmio.