quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Audiencia Publica

A Assembleia Legislativa do RN realiza Audiência Pública no próximo dia 6 de outubro, às 14h, para tratar da implantação do Sistema Estadual de Bandas do RN - Seban. A meta é elencar diretrizes para nortear a adoção de políticas publica capazes de atender as bandas em atividades no Estado. O público alvo do evento são mestres, maestros, músicos, gestores e interessados no tema.
João Maria AlvesFilarmônica de Cruzeta é um dos mais bem-sucedidos projetos de profissionalização pela músicaFilarmônica de Cruzeta é um dos mais bem-sucedidos projetos de profissionalização pela música

De acordo com o maestro Humberto "Bembem" Dantas da Banda de Cruzeta, são cerca de 10 mil pessoas diretamente envolvidas com os grupos musicais espalhados por municípios do RN. "É bom entendermos que esse não é um movimento de A nem de B, e sim de todos nós, que sabemos muito bem apontar os erros e injustiças pelos quais passamos", salienta Bembem. "Haveremos de somar todas as forças e todos os esforços, assim como os companheiros do Ceará conseguiram. Para isso é preciso união, fé e, acima de tudo, amor ao nosso trabalho", reforça.

"Historicamente, o orçamento do Governo do RN destinado às bandas é zero. Agora chegou a hora, contamos com a simpatia dos próprios gestores, então nada de mágoas, ressentimentos, acusações; mas ao mesmo tempo nada de omissão e descrédito", analisa o maestro. "Estou particularmente feliz e ansioso, pois creio que todos sabem da
minha convicção de melhoras para todos, mas sem luta não avançamos", conclui.

A referida Audiência Pública é uma iniciativa do deputado Estadual Fernando Mineiro.

Informações com o próprio Bembem Dantas através dos telefones 9157-7700 e (84) 3473-2164 ou pelo endereço eletrônico bembemdantas@hotmail.com.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Agora é pra valer!



Caros amig@s,

Agora é pra valer: Recebi a instantes a confirmação por parte do deputado Mineiro sobre a AUDIENCIA PUBLICA PARA TRATARMOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE BANDAS DO RN, - SEBAN.Será no próximo dia 06 de outubro as 14 horas na assembléia legislativa.

Nós que sempre penamos por falta de políticas publica para atender as nossas bandas de musica, estamos chegando lá. Esse é um passo importantíssimo e é certo que haveremos de contar com a presença de todos. Mestres, músicos, gestores e interessados no tema.

Somos cerca de 10.000 envolvidos diretamente nas bandas do nosso estado, considerando que cada um tem pelo menos 4 envolvidos indiretamente ( pai, mãe, avós irmãos ), formamos um universo de 50 mil. ainda contamos com milhares que saíram das fileiras das bandas de musica e são profissionais.É um numero significante!

Em breve, ainda nessa semana a assembléia estará enviando os convites oficiais e programação, nós estaremos reforçando essa mobilização. É bom entendermos que esse não é um movimento de A nem de B, e sim de todos nós, que sabemos muito bem apontar os erros e injustiças pelos quais passamos, mas na hora “H” infelizmente muitos não estão presentes, o que enfraquece e até gera dúvidas acerca da importância e grandeza das nossa instituições.

Haveremos de somar todas as forças e todos os esforços. Assim como os companheiros do Ceará conseguiram e tem trazido muitas alegrias para todos, poderemos sim, sermos todos coadjuvantes dessa conquista. Mas para isto é preciso, união, fé e amor acima de tudo ao nosso trabalho.

Todos somos testemunha do avanço que demos nos últimos anos, mas temos historicamente no governo do estado orçamento ZERO para as BANDAS e nossos pleitos,

Agora chegou a hora. contamos tambem com a simpatia do governo! Nada de mágoas, ressentimentos, acusações, mas ao mesmo tempo nada de omissão e descrédito. Se perdermos essa fé, estamos jogando fora a grandeza de nossa missão.

De antemão testemunho a gestão interessada do deputado Fernando Mineiro, homem simples e de compromisso, onde estão no momento todas as nossas confianças.

Estou particularmente feliz e ansioso, pois creio que todos sabem da minha convicção de melhoras para todos nós, mas sem luta não vai...

Estaremos aqui, todo ouvidos e a inteira disposição!!!

Um forte e fraterno abraço a todos e a todas

Bembem Dantas

9157 7700- 3473 2164

bembemdantas@hotmail.com

domingo, 18 de setembro de 2011

O protesto afinado do maestro



O maestro Humberto Carlos Dantas, o Bembem, regente da Filarmônica de Cruzeta, cujo trabalho há 25 anos é qualificado como um dos mais arrojados projetos culturais, não somente do Rio Grande do Norte, mas de todo o Nordeste, com repercussão em outras partes do país, não se contém diante da pouca importância que o poder público e certos veículos da imprensa, agora engordados com os itens da chamada rede social (blogues, saites e coisas afins), dão à verdadeira e legítima cultura seridoense, tão bem representada na sua música. Foi assim que, numa espécie de desabafo, escreveu uma mensagem de protesto. Que eu assino abaixo, com um "anexo" - que sirva para todo o Rio Grande do Norte, incluindo a capital:

"Aos do Contato Seridó e inte-ressados:

É incrível como vocês transparecem não conhecer nada do Seridó, quando esquecem que esta região tem suas Bandas de Música, com certeza, o principal cartão postal de nossa cultura. Talvez uma das regiões de maior musicalidade do país. Todas as cidades têm Banda de Música. Quase a metade são centenárias e algumas com mais de 150 anos! Como esquecer isso? Seria preconceito?!

Deveríamos colocar à frente de nossas bandas, algumas dançarinas seminuas para sermos incluídos como cultural oficial e assim ser um ponto de destaque em nossa região? A mesma região de Felinto Lúcio Dantas, Tonheca Dantas, Urbano Medeiros, Jaime Brito, Márcio Dantas, Ubaldo Medeiros, Manoel Felipe Neri, Chiquito, Maestro Pinta, Ernandi Lucena, Marciano Ribeiro e tantos outros, inclusive os de nossa contemporaneidade. Desconhecem que só aqui, na pequenina Cruzeta, existem quase uma centena de músicos formados, graduados ou graduandos? Surgem a cada dia novos compositores, arranjadores, instrumentistas e regentes de alto nível, alguns deles ocupando espaços importantes no cenário musical potiguar, no país e até no exterior

Desde 1856 que a Banda Euterpe Jardinense, de Jardim do Seridó, ininterruptamente está presente nos festejos e mobilizações culturais daquele município e da região, sendo também o mesmo seguido pelas outras. Muitas com CDs gravados e até documentários apresentados em nível nacional, como é o caso da Filarmônica Felinto Lúcio Dantas, de Acari.

Desculpe a necessária franqueza, mas esta gestão é prejudicial à nossa cultura. As Bandas de Música do Seridó nunca estiveram tão ativas e produzindo tanto! Trabalho diário, descobrindo talentos, formando músicos e cidadãos e levando ao povo arte, cultura e diversão, resistindo frente o apagão cultural que escurece a alma desta nação.

Acho que a proposta de turismo para a nossa região está equivocada. Pois não somos uma região sem música, quando é justamente o contrário. Quero dizer boa música. Será mesmo que turistas, de verdade, não o turismo sexual, predador e especulativo, não se sentiram bem ao serem recebidos com Bandas de Música?! Lembro, agora, quando o professor cruzetense, Francisco Pereira, em excursão pelos Estados Unidos, se deparou com uma banda a tocar numa praça obras do compositor Felinto Lúcio. Ele, ao delírio, me comunica o fato e deveras emocionado, comentou: 'É indescritível minha alegria..." Mas ele é um homem de cultura!

Portanto, meus queridos, não parece ser seridoense de verdade quem está cuidando com tanto zelo dessa demanda, a qual em tudo falta-lhe a metade, já que lhe tiram sempre uma BANDA.

Por fim: a cidade de Carnaúba dos Dantas, popular e oficialmente batizada como a terra da música, no site Contato Seridó nada é colocado sobre isto, apenas uma pequena referência a Tonheca Dantas. Quando se sabe que o maestro Felinto Lúcio teve, inclusive, sua obra estudada e registrada por Radamés Gnatali, um dos maiores gênios da nossa música de todos os tempos.

Não posso conceber esse erro histórico como preconceito, seria realmente terrível e vergonhoso, sem contar que se cria um clima paradoxal. Quando mostra-se o que temos de melhor se esquece uma referência especial de nossa identidade cultural, sabe-se lá por que "cargas d'água"... Sei que podemos e devemos corrigir esse equívoco.

Bembem Dantas"

Aos mestres de bandas



por Bembem Dantas*

O maestro Peres em tom de desabafo, escreveu sobre sua situação pessoal, que sem dúvida reflete e revela uma realidade obscura e injusta pela qual historicamente se passa com os mestres de banda desse país: "Poucos sabem que os regentes de bandas que trabalham para prefeituras são contratados como prestadores de serviço. Não têm direito à férias, 13º salário, Fundo de Garantia, Pis ou Pasep. Trabalhei nesse sistema por mais de 30 anos, e estou para aposentar-me este ano por idade (com salário mínimo). Uma das prefeituras descontou o valor do INSS do meu salário durante quase 20 anos, porém não recolheu àquele órgão.Não adiantou reclamar. Agora encontro-me desempregado e não adianta chorar. Ninguém nota" - (Maestro Peres).

Nossa solidariedade ao colega Peres. Realmente essa é a situação da maioria dos mestres de bandas. Somos e passamos desapercebidos, invisíveis, enquanto descobrimos e formamos para música, bem mais que a metade dos músicos de sopro e percussão do Brasil.

Conheço como o maestro Peres, inúmeros colegas nesse dilema, alguns começando, outros no auge das suas atividades, outros tentando se aposentar por idade ou invalidez, enquanto muitos já se foram, ressentidos, humilhados em detrimento do inestimável serviço prestado a cultura musical dessa nação.

Aqui acolá alguém se lembra de homenageá-los com uma placa ou um título de cidadania. Em última gestão, depois de morto, dar-se o nome de uma sala, ou de um projeto, chegando ao ápice de renomear a banda a qual dedicou a vida, com o seu nome. Isso é bonito, louvável, mas inclusive são poucos que guardam "tamanhos merecimentos". Não deixam bens materiais, geralmente uma pensão de salário mínimo, uma casa singela. No entanto sempre fica como referencia um histórico de reserva moral e ética.

As prefeituras, que empregam quase a totalidade desses profissionais na sua grande maioria, os contratam como prestadores de serviço com salários baixíssimos, sendo raras as que lembram de colocar uma vaga nos editais de concursos depois de muitas consultas jurídicas, já que de banda não existe. Conheço aqui no RN, prefeituras que deixam até mesmo de contratá-los durante os meses de janeiro, fevereiro março e abril, já que nesse período "não existe atividades para banda", muito embora sempre apareça um evento de última hora, do qual a banda não pode ficar ausente. Também não conheço mestre que pare seu trabalho em função deste descaso. Todos sabemos que no início de cada ano, precisamos estruturar nossas bandas. Iniciamos novas turmas para o curso de teoria e musicalização, preparamos orquestras para carnaval, lançamos novos aprendizes em instrumentos, já que o fluxo de alunos é comum no nosso trabalho. Precisamos manter a banda sempre pronta, para não pagarmos as conseqüências de sermos divulgados como irresponsáveis e incompetentes. Atualmente num período de dois anos, é normal a renovação dos músicos de uma banda em pelo menos 30%. Mas mesmo assim, trabalhamos a perceber um dos mais baixos salários e sem direitos trabalhistas, mesmo sendo reconhecido pela sociedade como profissionais importantes, que a cerca de dois séculos atuam produzindo arte, cultura e contribuindo com a afirmação de nossa identidade.

Isso são detalhes diante do quadro. O famoso Tonheca Dantas, compositor potiguar, autor de várias obras entre elas a célebre valsa "Royal Cinema", a marcha "Republicana" e a fantasia "Melodia do Bosque", não queria filhos seus envolvidos com música, por considerar, essa "a arte da ingratidão". Tenho pessoalmente sido testemunha de confidencias e desabafos de colegas, que dizem: " não quero uma vida dessas para meus filhos".

Ao refletirmos sobre essa situação, podemos visualizarmos o quanto somos desorganizados quanto classe. Os mestres de banda de música, são na sua grande maioria, trabalhadores incansáveis, dedicados as suas agremiações, preocupados com o futuro e o passado da cultura musical Mestre brasileira e formadores de opinião. Ensinam, compõem, arranjam, ensaiam, se apresentam,administram geralmente sozinhos as suas escolas de música e mesmo assim, necessitam de pelo menos outro meio de sobrevivência. São muitos os que trabalham em 3 bandas e mesmo assim ainda vivem com dificuldades. Produzem demasiadamente por toda vida!

Geralmente autodidatas, além dos conhecimentos musicais e didáticos, os mestres de banda se destacam também na sua imensa maioria, por serem detentores de qualidades morais irrefutáveis, integridade, carisma e amor pela musica. Disciplinados e regra pela necessidade de "não deixar a banda cair" e por muitas vezes a pedido do seu velho mestre. Ensina e forma gerações de meninos e meninas, se utilizando de métodos e didáticas humanistas, desenvolvida no dia a dia de seu ofício.Preocupa-se não somente com a ascendência musical dos seus alunos, mas, e por muitas vezes com maior contundência, passa a assumir a preocupação com o futuro deles, tendo-os como filhos. Muitos, dizem: O mestre foi meu segundo pai ou mesmo o pai que não tive, devo minha vida a ele. Outros os tem com mais respeito que aos seus pais biológicos.

Essa verdade soma-se ao desprezo por parte das autoridades em continuarem desconhecendo a importância desse arquétipo de herói popular, que desde os tempos do império contribui de forma positiva para o engrandecimento desta nação musical.

Creio que o momento é propício para começarmos a colocar esse tema em discussão. As bandas, cerca de cinco mil no Brasil, passa por um momento especial de reconhecimento e afirmação como instituição cultural e social. Produtoras de arte e cidadania, enquanto seus fazedores continuam a repetição da história, sem o direito de ser reconhecido como classe social por simplesmente não existir perante as leis trabalhistas, quando profissões relativamente novas, como motoboys, agentes de saúde, operador de telemareting, etc, já existem perante o ministério do disciplinadores, começam moços, via de trabalho.

É factível que encontraremos apoio político para nosso pleito. Não temos dúvida que a sociedade também se pronunciará positivamente ao revelarmos nossa situação.

O maestro Peres diz que não "adianta chorar"... Pois chegou a hora... Realmente não precisamos chorar, mas sim e urgente, nos organizarmos, promovermos encontros, deslocarmos um movimento, mostrar a nossa cara. Será que tantos ex alunos, muitos deles famosos, não se irmanariam conosco? Será que a sociedade não nos apoiaria?

Visitei ainda nos anos 90, no seu pequeno pedaço de terra no sopé da serra de Santana, o saudoso e espirituoso mestre Marciano Ribeiro de Florania - RN. Com 88 anos e 75 dedicados a banda centenária daquele município. Eu, a poucos anos a frente da banda de Cruzeta. Ele trabalhava de ferreiro, na sua tenda artesanal.Quase cego, irreverente depois de oferecer uma talagada de cana com manga verde como tira gosto, com um sorriso me disse: "Você ainda vende carne nas feiras?"

- Vendo, respondi, mas vou deixar pra me dedicar só a banda...

- E vai viver de quê, quando tiver com 50 anos, respondeu e mudou de conversa (eu tinha 25)...

Nunca esqueci aquele ensinamento. Assumi um compromisso silencioso o qual revelo agora, em contribuir para a mudança daquela realidade. Hoje tenho muitos alunos que se tornaram mestre, procurei incentivar para que todos tivessem formação acadêmica, travamos lutas para que as bandas pudessem ter maior visibilidade no RN, avançamos significativamente na parte técnica, conseguimos ocupar espaços de maior destaque. Mas os mestres continuam quase na mesma situação sintetizada pelo sábio e vivido mestre Marciano Ribeiro, que agora tem o seu nome imortalizado na banda daquele município, na qual atuou por cerca de sete décadas.

O desabafo do colega Peres, que afinal eu ainda não conheço, traz à tona as palavras de Marciano, reaviva meu sentimento de justiça e alimenta meu compromisso e sonho, de que um dia essa realidade mude definitivamente. Acredito que esse é o pensamento de todos e que poderíamos começar a nos utilizarmos das vantagens da comunicação atual, para nos fortalecermos e apontar a partir da nossa união e organização sensibilizarmos os fazedores de lei deste país, que historicamente tem essa dívida para com seus mestres de bandas e assim possamos incentivar os nossos filhos a dar continuidade a essa profissão que ainda não existe de direito, mas que está escrita nos anais do imaginário real e imaterial do nosso povo, de maneira sublime e necessária ao desenvolvimento cultural, social , musical e artístico desta nação.

É questão de justiça, meu caro Peres! Quem estará conosco?

Saudações a todos!!!

* Humberto Dantas é maestro da banda Filarmônica 24 de Outubro - Cruzeta RN e membro fundador da Unibam-RN (União das Bandas de Musica do RN)

sábado, 10 de setembro de 2011

Desfile Cívico de Monte Alegre RN








Nos que fazemos parte da Filarmônica de Monte Alegre e da Filarmônica de Santo Antônio, parabenizamos a cidade de Monte Alegre, especialmente a Prefeita Graça Marques e todos os seus secretários pelo desfile Cívico do 7 de Setembro, que foi realizado ontem dia 09, parabéns pela organização e por tão bonito desfile.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desfile nas comemorações cívicas do dia 7 de Setembro no município de Lagoa D'Anta, Filarmônica de Santo Antônio RN



























É com muito prazer que informamos a nossa participação no desfile Cívico as comemorações do dia 7 de Setembro no Município de Lagoa D'Anta, foi um desfile maravilhoso, parabéns a prefeitura pela organização e acolhida maravilhosa.

Filarmônica de Santo Antônio nas Comemorações Cívicas de 7 de Setembro




Filarmônica de Santo Antônio Participa do desfile de 7 de Setembro em Santo Antônio, foi uma ocasião que nos deixou orgulhosos, tanto pela participação da Filarmônica nas comemorações cívicas como para todos os pais e para toda a Comunidade,pelo fato de poderem participar de mais uma realização no nosso trabalho.